domingo, março 25, 2012

Mar Azul.

Em uma viagem num fim de tarde de barriga cheia, fugi para o outro lado da rua onde havia uma praia pouco movimentada, mais cheia para um fim de tarde.
O tempo fechado, o mar agitado, e assim em minha mente nada entrava. Apenas saia ... aquilo que pesa dentro da gente, a maldade.
A 20 passos mergulhei meus pés naquilo que acredito ser sagrado, O mar azul. Sem muita empolgação, me virei a 90 graus e fui em direção a areia majestosa. Em minha mão havia um par de chinelos luchosos que hoje em dia virou moda, e meu óculos humilde. Não queria me sujar de areia, portanto sentei em cima do chinelo e coloquei o óculos no meu biquíni molhado, verde com bordas brancas.
Por longo tempo levantando minha cabeça, fiquei olhando aos céus ... descendo via as pessoas e o mar azul... aquilo me tranquilizava a suspiros não sentia saudades de casa, nem do meu dia a dia , para mim... o que estava se passando era meu foco em instantes, 1 segundo depois já não importava.
Fechei então meus olhos, e ouvia o som que molhava meus ouvidos muito prazeroso, do mar. A musica "Nem Um Dia" do Djavan, junto com a melodia do mar, me trazia caloroso prazer de viver aquele momento.
Sabia que tinha hora pra voltar e que o meu dia a dia me aguardava, mas não queria dizer adeus para aquele fim de tarde... Logo a noite desceu em meus olhos, e não consegui me concentrar em outra coisa alem da escuridão. Levantei-me sacudindo a areia de meu biquíni que ali grudava e com a menor forca de vontade tirei meus olhos daquele mar grande e bravo azul.
A cada passo e segundo tropeçava lentamente na areia que levantava aos meus joelho, dando viradas para olhar do que não queria me despedir. Quase chegando nas escadas que dividia o fim da praia com a rua, um cachorro se disparou em minha direção e pulou em mim arranhando-me ... tinha menos que 1 metro e 65 centímetros de altura e meu peso estava equilibrado o suficiente para aguentar um cachorro pulando em cima de mim. Meu coração por fim disparou a mil e não podia demonstrar medo para aquele animal, resolvi ficar parada sem dar sinal de vida, sem mexer muito meu pescoço; ao meu redor , vi que ele distanciava , aumentando a aceleração dos meus passos, subi as escadas. Deixei passar 2 a 3 carros e entrei no hotel que ali havia estado, dei um sinal para o segurança e encaminhei direção entrada principal para os quartos, perdida por estar num lugar novo, fui aos poucos me encontrando ate deparar com a porta do quarto. O biquíni molhado já havia secado e os arranhões se camuflado. Minha visão enfim.. estava a duas passadas de chave de uma porta de um quarto de hotel.

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